Cresci numa casa barulhenta,3 filhas 1 cão, 2 coelhos, tartarugas, peixes e até bichos da seda, enfim, uma festa.
Durante uma certa altura procurei desesperadamente o meu espaço, quer fosse na casa de banho ou no quarto de porta fechada mas a missão parecia particularmente IMPOSSÍVEL!
Anos mais tarde tudo mudou quando sai de casa... o silêncio batia nas paredes para depois se atirar contra a minha cara, género atleta de alta competição de trampolim... e o engraçado é que eu só queria fugir dele!!
Das paredes vazias que me faziam sonhar com a minha casa caótica
Resultado: apanhei uma cadelita da rua e o silêncio deixou o trampolim para bater à porta apenas quando era oportuno ou quando a Mel (a cadelita se revoltava contra a sua vida de cão, perto da janela).
ahhh que maravilha pensei.
Agora temos um bebé em casa e parece-me que a minha antiga casa barulhenta é um jardim Zen com fontes luxuriantes e peixinhos laranjas a chapinhar perto da superfície.
O silêncio não me abandou mas tornou-se um amante
Vem apenas pela calada noite escura, subindo devagar para a minha cama e docemente enroscar~-se em mim.
Mal me habituo à sua presenç quando... o meu despertador de olhos azuis já exige a minha presença para mais um dia.
A questão que deixo no ar é apenas esta,
Porque desejamos tão ardentemente aquilo que não temos, para mudar de ideia quase instantaneamente?
Dá que pensar...
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